segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Você me dá forças.


Oi bebê,

mais de mês que não te escrevo.

Mas mamãe anda cansada, exausta fisicamente e psicologicamente.

Sonho contigo todas as noites e te espero quase em extase - sem estar ansiosa.

Mas vou te dizer, essa gravidez me pegou mais disprevinida do que calça caindo no meio da 25 de março.

De toda a externalidade que eu tinha na gravidez da Laura, confiança, disposição, orgulho, rebeldia, sonhos, futuro, vontade de lutar, de vencer....

Na sua eu vivo um eu, uma internalidade quase doída.

Um sentimentalismo barato, uma indisposição física (estou devagar, sempre com dor/desconforto em algum lugar diferente), um medo surreal de qualquer coisa, qualquer coisa, reflexões sobre meus defeitos, minha maternidade e meu passado quase que o tempo inteiro, o tempo inteiro. Não brigo com ninguém, não me reconheço e estou quase sempre me sentindo culpada ou tentando ser alguém totalmente passivo.

Ta foda fazer essa transição. Que se eu não gestei minha sombra na primeira gravidez, agora ela veio redobrada. Você é todo o meu EU anterior, tudo o que eu nunca bati de frente - eu mesma, agora tendo que enfrentar. A luta mais difícil da minha vida, com certeza.

Faço o que? Agradeço horas, sem você eu poderia conhecer o mundo inteiro, mas não ME conheceria.

Obrigado meu neném, por transformar a sua mãe.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ultrassom morfológico

Hoje vi - quase - que todos os pedacinhos do seu corpo de peralta.
com 460 gramas, super saudável, super agitado, com as mãos abertas e corpo atlético, rosto menos arredondado do que da irmã, sinto você diferente, porque é diferente.

E o exame já passou faz 1 hora e ainda se mexe, mexe, mexe. Não é a toa que leva o apelido de polvo.

Não, não vimos o seu sexo - nem passamos por lá. Vimos os dedinhos da mão (e que mão mais agitada!), os 3cm e meio de pé (que pouco parava no lugar), o coração batendo e o rosto mais lindo do mundo.

E na hora eu só conseguia pensar:

  Como sou sortuda, como sou sortuda. Tenho os filhos mais lindos do mundo. Sou a mãe mais feliz do universo. A mãe mais abençoada...

Contive o choro emocionado por algum tempo, como posso ter me apaixonado tanto por um ser que ainda não chegou a esse mundo?

Finalmente me reencontro.

Eubebê

Amor puro.








sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Companheiras de Gravidez.

Uma coisa que eu curto é comparar uma gravidez com a outra, rs...

É como assistir um filme pela segunda vez e enxerga-lo de uma forma diferente...

Percebi agora que eu elegi uma companheira de gravidez tanto na primeira vez, quanto na segunda vez. Ambas as vezes com seres que eu amava demais.

Na gravidez da Laura, Mel - minha cadela que não só me acompanhou na vida, mas me deu um suporte inimaginável - acompanhou a gravidez como sua última tarefa de vida, assim que "viu" que eu conseguiria caminhar sem ela - sim, porque minha dependência por ela era muita - ela se foi, me deixando em um momento totalmente sublime de felicidade.

Ela parecia esperar comigo cada segunda da vinda da Laura,O mesmo "medo" que me acompanha hoje, me  acompanhou com ela, dela ficar ciumenta - e que nada! Era uma mãenzona nata (tanto para os 11 filhotes que ela teve, quanto para a "irmã" que ela tinha ganhado), me acordou na primeira noite puxando os meus cabelo com o focinho para atender a Laura que chorava.

- e pausa - porque ando tão manteiga derretida que estou chorando por lembrar -


Atualmente minha companheirona é minha filha Laura,

Foi uma das primeiras pessoas com a qual eu contei sobre a vinda do irmão - e ergueu as mãonzinhas gritando ebaaaa, como nunca vi uma criança da idade dela entender e fazer.
Põem a mãonzinha para sentir o bebê chutando, passa a mão na barriga, dá beijo e abraço e me dá um suporte que pequenininha do jeito que ela é, nem imagina.

Outro dia acordou no meio da madrugada, levantou, abraçou a barriga e disse:

- "O neném é muito bonitaaa mamãe" e voltou a dormir no segundo seguinte

- quase outra pausa -


Eu sou abençoada demais - e como sou!









terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sexo: O porque não quero saber?

Uma das perguntas mais recorrentes depois que engravidamos é:

Qual é o sexo?

Também é motivo de ansiosidade para a maioria dos pais e mães que esperam o bebê.

Bom, eu e marido não queremos saber o sexo do nosso bebê dois, mas na nossa primeira filha isso foi bem diferente:

 Obviamente minha gravidez atual esta sendo bem melhor que minha primeira gravidez, ao menos neste período: na qual não tive sangramentos, não parei em hospital, não precisei acreditar que só posso ter filho de cesárea, barriga não cresceu tão depressa - eagora eu sento desde cedo nos trens e onibus, rs - e não tive enjoôs diários, que foi sintomas horrorosos - para não dizer pior - na primeira gravidez. De toda forma, fez com que o medo de perder o bebê sonhado e o tempo que eu tinha disponível para bajular a barriga fizesse com que eu ficasse BEM mais ansiosa, tudo que eu queria era aquele bebê nos meus braços e que aquele bebê fosse um meninO.

No dia do ultrassom, depois de quase infartar de ansiosidade e de comer chocolate aos montes, veio a notícia: Era uma menina.  Minha primeira reação foi chorar e me lamentar por não ter um nome de menina... mas o tempo passou, minha filha nasceu e com muita informação e engajamento em causas da maternidade, percebi - e principalmente vivienciei - o quanto eu era sortuda por ter uma criança, independente do sexo. Eu realmente me descobri na profissão mãe, era exatamente para isso que eu vim ao mundo, e também por me tornar um pouco feminista, o fato de ter filha mulher quase que caíu como uma luva. Ela é perfeita em tudo, é uma alegria ter um ser todo cor-de-rosa de alma e de azul  (cor preferida dela) no corpo em casa. Menina muleka que gosta de carrinho (e viciada em bola) e passar batom - de brinquedo tá? -, menina carinhosa, companheira, amiga mesmo.

Aí vem a notícia de um segundo filho e cada vez mais eu me pergunto: O porque de saber o sexo é tão essencial? Realmente não tenho preferências, realmente, realmente. Duas meninas seriam uma alegria imensurável, assim como uma menina e um menino, a alegria de receber a criança em meus braços na hora do parto, ama-la no primeiro momento e só então saber qual é o nome daquele bebê me faz estremecer de alegria. O que a criança tem no meio das pernas não muda em nada nenhum fato que EU possa modificar sabendo antes, nem roupas (que já existem), nem o quarto, nem a profissão futura, muito menos os afazeres e ajudas futuras de casa.

E acho que nesse caso- nesse caso - o argumento vale: " o importante que venha com saúde!"

Então, o porque não quero saber o sexo do meu bebê? Porque não faz a mínima diferença agora, mas trará uma grande alegria na hora de sua recepção!

Esperamos a hora futura, mas aproveitando cada passo, cada minutinho de um ser "barriga", que se mexe igual polvo na barriga desde cedo. Sem pressas, sem ansiosidade.

E para não matar a curiosidade, coloco a tabela chinesa, na qual eu mesmo não sei o mês que engravidei e que um para o outro o sexo muda, rs!






segunda-feira, 8 de setembro de 2014

4 meses

4 meses e você assim ó!

Já chuta com força, revida a irmã e me dá uma sensação de viver pela primeira vez uma gravidez.

Sonho com você vindo ao mundo quase todos os dias - ou todos os dias.

Estamos quase na metade dessa jornada! Vamos que vamos!